quinta-feira, julho 04, 2013

Novo barco, novo registo

E agora o que fazer?
Em finais de 2012 tínhamos um novo barco.
Uma série de decisões tinham de ser tomadas.
Desde o nome, se mantínhamos o anterior ou se o baptizávamos com novo nome. Isto mesmo foi decidido, indo contra a tradição dos mares que diz dar má sorte mudar o nome de uma embarcação (a cerimónia terá de ser feita segundo tradições e será aqui relatada a seu tempo), tendo sido escolhido o nome Dee para homenagear a nossa filha após ela ter nascido. Até ao novo registo que teria de ser feito assim que o título de venda fosse assinado e a titularidade passasse para o nosso nome. Visto vivermos em Macau e mesmo perante todas as recusas de apoio que aqui sempre recebemos tanto de privados como do Governo, queríamos, de alguma forma, levar o nome desta terra na nossa aventura, pelo que estaríamos decididos a registar o barco com bandeira de Macau para ser o primeiro a dar a volta ao mundo. Aos primeiros contactos feitos com a Capitania dos Portos logo ficámos a saber que tal não iria acontecer. A falta de apoio que registámos por parte do Governo de Macau anteriormente reflectia-se também na inflexível posição das autoridades marítimas locais que se recusavam a registar o veleiro sem que este estivesse em Macau e, mesmo estando no território, a quantidade de documentos exigida era de tal forma surrealista que nunca iríamos conseguir proceder ao registo. Continuo sem saber como iria conseguir os planos de construção do veleiro, exigido pela Capitania, se o construtor já nem sequer existe! Para nosso desapontamento perante a falta de apoio a um projecto que tinha como objectivo levar o nome de Macau e promover os seus laços com os países de língua Portuguesa, metemos desde logo de parte a ideia e começámos a procurar novas opções para registar o veleiro. A escolha seguinte, naturalmente, seria um país de língua Portuguesa, neste caso decidimos tentar o registo offshore da Madeira, por ser o mais acessível para pessoas a viver fora de Portugal. Passados alguns dias do primeiro contacto chegámos à conclusão que também não seria para a nossa bolsa. Os valores pedidos eram de tal forma exorbitantes que não teríamos qualquer forma de os cobrir. Entretanto, a conselho de um amigo, começámos a pesquisar os registos offshore nos Estados Unidos da América, tendo sido escolhido o de Delaware. Assim a Dee ficou registada em Delaware, sob o número DL1496AJ e irá continuar com bandeira americana! Como eu gosto da simplicidade administrativa da terra do Tio Sam...

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