terça-feira, dezembro 17, 2013

Palavras que nos dão alento

De tempos a tempos vamos recebendo mensagens de apoio de quem nos vai seguindo. Todas elas agradecemos porque nos vão dando alento e ânimo para ir enfrentando todos os obstáculos que nos aparecem diariamente.
Esta decidimos publicar devido à sua pertinência, depois de contactar o seu autor e dele obter autorização para tal.
A todos os que nos vão dando coragem para continuar, o nosso muito obrigado. Aos outros, as nossas desculpas por continuarmos a insistir, mas consideramos que os nossos antepassados devem ser celebrados...
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Caríssima tripulação do Sailing Dee,
Capitão Gomes,
Os mares que ireis navegar foram outrora a razão de estarmos hoje aqui a apresentar Macau como uma região especial para a China, mas sobretudo, especial para o resto do mundo (por bons e maus motivos). Não interessa se foi Portugal, se foram os portugueses esses obreiros, foi sim uma língua universal e que não é pertença de um só país ou de um só povo, mas de uma comunidade deles - o Português.
Há o pecado mortal, conveniente para uns quantos líderes e candidatos a tal, de reduzir a língua portuguesa ao ser-se português, é de tal ordem que até aqui por Timor-Leste se sente. Implica como que um “ódio”, uma negação, pelo que diga respeito a Portugal. E, dessa forma, aparentemente ou não maldosa, e até mesmo mesquinha, ultraja-se o discurso da prática pela negação a tudo o que indique a materialização das linhas que dizem “conectar” povos e existências através da língua portuguesa - falo de convenções, agrupamentos, associações, protocolos, etc.  
Por aí, em Macau, finge-se que se idolatra o Mandarim (por alguns), para se cair nas boas “graças” de Pequim (Beijing), sendo o que nas veias lhes escorre é o Cantonês e o Português - este ultimo que dizem "respeitar", outros até "amar", mas que todos preferem não cuidar, até se necessário destratar, mantendo a língua como interesse especifico de um grupo, grupinho, fechado, fechadinho, de pseudo intelectuais de origem macaense/português (os do limbo... entre uma e outra coisa no pós “(re)agregação” à China). Dominar a língua portuguesa dá a alguns, como os referidos, pelo João Gomes, a proximidade ao país Portugal, para sentirem notoriedade na sua existência de grupo e se alguma coisa correr mal, na “madrasta” China, terem no país Portugal, um bom porto de abrigo. Santa hipocrisia, Santa Isabel, São João.
O projecto Sailing Dee é um incómodo para Macau, para China e para Portugal. A língua é algo que afecta de sobremaneira as relações entre todos eles – Macau não tem autonomia plena, faz parte da China, ponto final. Macau é parte integrante da China, uma república “popular”, que não pratica a democracia, que não respeita em boa medida os direitos humanos e que tem uma existência repleta de “desejo” expansionista, com a “máscara” da ajuda económica (e não só) e regista preocupação a nível mundial. Macau é ponte clara e inequívoca para que a China aporte de forma “lavada” a mercados onde supostamente teria dificuldade em entrar.
 O alheamento das autoridades de Macau, em representação do Governo da República Popular da China, à cerimónia de homenagem a Jorge Álvares, o primeiro Português a chegar ao Mar do Sul da China, em 1513, são ilustrativas do que aqui escrevo.
Sublinho:
Numa primeira análise diria que o não apoio ao projeto "Sailing Dee", por parte das autoridades macaenses/chinesas é decepcionante, até mesmo afrontoso para com a comunidade dos falantes da língua portuguesa, dos países integrantes, mas não. A negação forçada de Macau ao assinalar da chegada/contacto com a língua portuguesa, é insultuosa para a sua história, para a sua própria história, seja ela escrita em português, seja em mandarim.
A mim não me surpreende, a mentira tem pernas curtas e só a diplomacia se veste dela.
Os factos são factos e o resto é… negação grosseira da verdade, por má vontade, por inveja e por uma atitude persecutória para com tudo o resto que envolva a ligação a Portugal e que o veleiro Sailing Dee personifica. 
Não acredito que o governo central chinês se recuse ao projecto Sailing Dee, não tem expressão para chegar ao "deuses do Olimpo de Beijing", fica-se pelas mais "sábias" decisões dos “contadores” do sucesso da “purga social” do jogo... Macau é esse grande sucesso do insucesso da existência humana quando uns "caçam" outros para a teia do deslumbramento de uma hipotética/distante vida fácil, através de um qualquer jackpot, na artificialidade que Macau hoje tem para oferecer - o reflexo que daí advém é a miséria e o sofrimento dos “caçados” e de suas famílias. As autoridades de Macau são as primeiras, nesta caso, a negar a intenção do Sailing Dee – todavia, especulo, o Sailing Dee foi só provocador para comprovar o afastamento da China às raízes da sua história – afinal, Macau serviu para que hoje a China tenha cidadãos espalhados por vastas regiões do globo… com a benesse dos portugueses da época, que hoje a China e Macau tentam ignorar.
Macau, na realidade de hoje é o espelho daquilo que Portugal, não a língua portuguesa, erigiu na “saga” do enriquecimentos dos seus protegidos que por ali passaram, em cargos de maior ou menor destaque,  de políticos e grupos adjacentes até 1999 e que a China soube aproveitar inteligentemente na “reintegração” - afinal, o vício do jogo, essa “coisa má”, tem a China por boa desculpa, foi obra de Portugal, através de uma língua, o português.
Imagine-se, o que seriam as "famílias", as duas que bem conhecemos, que "capa" melhor arranjariam, não fosse a conivência de quem geriu o "cantinho" da tal "árvore das patacas", na língua do inequívoco Camões, que ao que parece eram e continuam a ser  "patacas d'ouro".
Macau, o boom  "do sucesso económico", e que resulta num “PIB” astronómico macaense, mas que deriva do sofrimento pela exploração da ignorância gananciosa dos humanos jogadores, uns mais ou menos instados a sê-lo, transportados em autocarros como prémio de vida…
O expoente máximo do capitalismo rejeitado pela retórica socialista, tem em Macau a capital de um Oriente “viciado”.
Concluo:
Com a alegria de poder distanciar-me a mim e a vós, Sailing Dee, da origem sofrida dessas patacas.
A história do Sailing Dee é mais do que a expressão da boa vontade de "a" ou "b", de Macau, da China, de Portugal, ou de outros. 
O Sailing Dee transporta seriedade e verdade.
O Sailing Dee carrega o peso das pessoas boas que não descobriram mundos para se encher de riquezas materiais, mas sim que foram nas viagens para delas extrair o melhor da existência humana – a sabedoria e o aceitar a aprendizagem das lições da natureza.
O projecto Sailing Dee é um projeto de vida, que por si só leva ao mundo a diversidade do ser humano e prova da mobilidade do mesmo, e é, fundamentalmente, um projecto, que assenta os seus pilares no amor entre duas e três pessoas, entre três pessoas e um canino e vice-versa, que por sua vez ligam culturas e continentes, e que garantem essa ligação absoluta através dos seus descendentes – a mais jovem tripulante oceânica, NaE.
O Sailing Dee, fala-nos de diversidade, de unidade, de igualdade, de amor verdadeiro, de coragem, de tenacidade, de vontade. A todos os níveis, o Sailing Dee, é a família na sua expressão máxima e absoluta, revelada em todos os seus pormenores, o Noel, o buldogue francês, é uma lição que dais ao mundo no amor pelos animais, ninguém fica para trás. É nesta atitude, nestes gestos que eu mais acredito, e estas são as vossas lições pelo mundo.
Não vale a pena falar mais de Macau ou de quem seja que não apoie o projecto.
O Sailing Dee está acima de tudo isso, sei que ireis navegar em nome da família, e nos vossos pensamentos que prevaleça a simplicidade da palavra universal daqueles que um dia descobriram mundos e estabeleceram rotas por bem e não por outra intenção que não fosse o conhecimento – não dos outros que tinham por missão a expansão do egoísmo, da inveja, do mercantilismo, do medo, da subjugação e da eliminação de outros povos.
 Os descobrimentos mais do que não foram, para alguns, a forma de procurar a subjugação do outro pelo outro, de usufruir dos seus bens e produtos, explorar as fragilidades a favor dos aportados e dos seus patrocinadores – já naquela época se vivia de patrocínios.
 Abriram-se e desvendaram-se mundos ao mundo, é verdade, mas a que preço… para a humanidade?

Finalizo:
Regresso ao Sailing Dee, onde sei que a viagem é a da razão da existência humana - da liberdade e do amor incondicional, do respeito pelo outro e do exemplo continuado de bem-fazer universalista.
 Bons ventos, que vos soprem sempre na conta certa por Éolo.
António Veladas
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A corrobar essa falta de apoio referida na mensagem enviada, publico a imagem da carta dos Serviços de Turismo de Macau, negando esse mesmo apoio.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

500 anos esquecidos pelos Governos

Cerimónia dos 500 anos da chegada dos Portugueses à China
Há uns dias em Macau foi feita uma justa homenagem a Jorge Álvares, o primeiro Português a chegar ao Mar do Sul da China. Jorge Álvares, nascido em Freixo de Espada à Cinta, Portugal, chegou às águas do Mar do Sul da China em 1513, mais propriamente à ilha de Lin Tin, na foz do Rio das Pérolas a meio caminho entre Macau e Cantão.
Uma iniciativa de cariz particular onde não couberam representações oficiais de qualquer governo, fosse ele do Português, do Chinês ou do de Macau. Infelizmente é assim que se trata 500 anos de contactos entre Portugueses e Chineses.
Ficou a iniciativa, que também pouco eco mereceu na Comunicação Social local, que valeu para marcar uma efeméride que merecia mais consideração pelos poderes instituídos.
Estivemos presentes, como não poderia deixar de ser, visto que a nossa viagem também aborda a mesma temática.
Jorge Álvares foi o primeiro Europeu a chegar à China por mar.

sexta-feira, dezembro 13, 2013

10 mil visitantes



Queria dizer MUITO OBRIGADO a todos vocês, acabámos de passar a marca dos 10.000 visitantes nos últimos dias...
Muito mais está para vir... estamos agora no último mês de Macau... o próximo passo é um voo de longo curso para as Caraíbas para nos juntarmos à nossa casa para os próximos anos...

Continuem a vir aqui regularmente para acompanharem a viagem e saberem mais detalhes...

terça-feira, dezembro 10, 2013

10 razões para viajar

Este post foi feito pela NaE, originalmente em Inglês, e traduzido pelo João

Quando falamos de viagens, acredito que 99% das pessoas têm seus destinos de sonho. Eu também tenho um.
O meu sonho é visitar a Áustria e a Alemanha e assistir a concertos de música clássica ao vivo. Eu adoro música clássica, faz-me sentir viva, mesmo que não entenda as notas musicais. Simplesmente adoro a melodia.
Os meus destinos de sonho e a minha actividade predilecta parecem estar em locais completamente opostos ao nosso projecto de "Viagem à volta do Mundo", no entanto, acredito que a nossa viagem também nos vai oferecer oportunidades como eu nunca imaginei. Acredito que alguns dos destinos com o nosso veleiro "Dee" se irão transformar em lugares de sonho!
Todos nós gostamos de viajar. É uma actividade que todos temos de fazer na nossa  vida. Viajamos em lazer, trabalho, estudo, compras e por devoções religiosas ou quaisquer outras razões. Para quem trabalha todo o ano, que se esforça para ganhar dinheiro que depois usa para comprar tudo o que quer e precisa para ter uma vida confortável, para ter as mesmas coisas que os amigos e vizinhos têm, as férias são importantes.
Digam-me quando foi a última vez que tiveram férias sem despertadores, computadores ou sem ver emails ou até mesmo sem relógio? Sinceramente, eu não me lembro sequer de um único dia de férias em que eu estivesse completamente desligada do mundo exterior! A nossa vida tem coisas mais importantes do que trabalho ou dinheiro. Saúde, amizades e experiências são também aspectos muito significativos.

10 razões pelas quais devemos viajar -  isto é somente o meu ponto de vista.

Alguns de vocês concordam totalmente, mas há-de haver também quem discorde.

1. Para desfrutar de lugares diferentes
2. Para conhecer novas pessoas
3. Para saber quão incrível é o nosso mundo
4. Para alterar a nossa rotina diária
5. Para passar mais tempo com a família e amigos
6. Para experimentar coisas novas
7. Para conhecer diferentes culturas e estar ciente da sua importância
8. Para superar dificuldades juntos e melhorar a vida de casal
9. Para ter oportunidades diferentes

10. Para gastar e desfrutar do nosso dinheiro enquanto ainda temos saúde

Agora, é a sua vez de escolher o dia e reservar o bilhete para o seu próximo destino de férias!

Quedas de água em Siquijor, Filipinas 
Hotel em Boracay
A desfrutar de comida local
Marginal em Marbella, Espanha
A aprender sobre a rota marítima para Malaca, Malásia
Aprender cultura local, "Wai", cultura Tailandesa
Vista de Sintra, Portugal, parte da lista de Património Mundial da UNESCO
Comer a sua comida favorita, Pastéis de Belém em Portugal
Marina de Almeria, Espanha
Ponte 25 de Abril em Lisboa, Portugal
A fazer esqui, actividade de família na Coreia do Sul
A desfrutar de bons momentos com bons amigos
Tempo de casal, algures em Banguecoque
A sonhar no País da Fantasia, Disney Land de Hong Kong
O local onde a história entre o Sião e Portugal começou, Ayutthaya Tailândia
Desfrutar da natureza!