Quase ao mesmo
tempo que a ideia de irmos “embora” de veleiro se ia construindo nas nossas
cabeças começavam a surgir as dúvidas de como iríamos fazer face às despesas
inerentes a este tipo de vida. Dúvidas que ainda persistem mas que, de certa
forma, pensamos que se irão dissipando à medida que formos assentando no novo estilo
de dia-a-dia.
Assegurada ficou
uma colaboração semanal com o jornal de Macau O Clarim, onde iremos publicar
tudo o que se for passando durante a nossa viagem. Ficou também combinada uma
colaboração em linga inglesa, mensal, com a revista Fragrant Harbour de Hong
Kong. Aliás, já colaboro com ambas as publicações à vários anos, pelo será mais
uma continuidade do que uma novidade.
Por outro lado,
este fluxo de dinheiro não será, só por si, suficiente para fazer face a todas
as despesas, pelo que esperamos que mais colaborações possam surgir no decorrer
da nossa viagem e que nos ajudem a fazer face a todas as despesas.
A NaE tem também
assegurada uma colaboração mensal com uma revista em língua Tailandesa e que
irá, de certa forma também, ajudar a tapar buracos!
Entretanto, e
como temos de ser criativos nas soluções para gerar verbas, decidi fazer o
curso de inspector de barcos de pesca e recreio da United States Surveyor
Association, tendo concluído o mesmo em Abril de 2013, sendo agora Master
Surveyor, licenciado pela USSA. Na prática esta licença possibilita-me fazer inspecções
a embarcações em qualquer parte do mundo. Portanto, se precisarem de alguma
inspecção a um barco que estejam a comprar, e se estivermos nessa zona, não
hesitem em nos contactar!
Sabemos, por
experiencia de outros que optaram pelo mesmo estilo de vida, que as despesas do
dia-a-dia (não incluindo a manutenção excepcional do veleiro), acabam por ser
muito mais reduzidas do que as que normalmente temos na vida em terra. Não há
contas de água, de luz, de telefone, etc… e não há rendas, nem carros, nem idas
ao cinema ou ao restaurante todos os dias!
É difícil
encontrar informação relativa a despesas neste estilo de vida porque cada
tripulação é um caso diferente. Se optarem por ter o mesmo estilo de vida que
tinham em terra, comendo em restaurantes caros e viajando em terra o tempo
todo, claro que acabarão por gastar fortunas. Mas, o estilo de vida que
queremos ter no veleiro é precisamente para fugir a tudo isto e enveredar por
uma vida mais relaxada e deixar todos estes “vícios” para trás.
Actualmente, com
o estilo de vida que levamos, gastamos, grosso modo, 2000€ por mês em comida,
despesas fixas e outros extras. Não contando com rendas (ou amortizações ao
banco), gasolinas, parques de estacionamento, etc. Portanto, esperamos que na
vida a bordo essas despesas venham a ser reduzidas substancialmente.
Iremos tentar,
pelo menos nos primeiros meses, manter uma lista de gastos com comida,
manutenção e outras despesas correntes, para que consigamos ter uma ideia do
que será necessário em termos de orçamento sem entrar em gastos desnecessários.
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